Criar uma Loja Virtual Grátis
Free Translation Widget
Ultimas Atualizações
SAÚDE E MEIO AMBIENTE  (01-05-2020)
CRÔNICAS  (01-05-2020)
Futebol  (01-05-2020)

Rating: 2.7/5 (618 votos)




ONLINE
1





Partilhe esta Página





 t

VIRTUALLYTON.ORG

CONCURSOS

(A figura abaixo é somente demonstrativo

os anuncios são antigos-clic link para

encontrar o jornal atualizado)  >

 www.folhadirigida.com.br/

tr

 SALVE SÃO JORGE TODOS OS DIAS

O

 ESPAÇO RESERVADO PARA 

SEU ANUNCIO. CONTATO

virtuallyton@gmail.com

LER FAZ BEM A SAÚDE

 

 

Notícias

14 de novembro

UNESPAR realiza amanhã

o Vestibular 2017/2018

15:11 A Universidade

Estadual do Paraná (UNESPAR)

realiza neste feriado (15) as provas

do Vestibular 2017/2018. Confira

o ensalamento. Amanhã serão

aplicadas […]

UFBA divulga resultado do

Vestibular EaD 2017/2

14:51 A Universidade

Federal da Bahia (UFBA) divulgou

o resultado do Vestibular EaD

2017/2. Confira a lista de classifi-

cação. Os candidatos aprovados

deverão […]


Programa oferece curso de

"Educação para a Democracia"

aos profissionais de Escolas

Públicas

16:42 A Câmara dos

Deputados abriu as inscrições para a

8ª edição do Missão Pedagógica no

Parlamento. A iniciativa visa capacitar […]

ESPM-Rio de Janeiro encerra

amanhã as inscrições do Vesti

bular 2018

14:50 A Escola Superior

de Propaganda e Marketing (ESPM) 

encerra amanhã (14) as inscrições do Ves

tibular 2018/1 para o Rio de Janeiro (RJ). […]

ENCCEJA 2017 será aplicado

para mais de 1,5 milhão

de estudantes

14:35 O Exame Nacional

para Certificação de Competências de Jovens

e Adultos (ENCCEJA Nacional) destinado

às pessoas que não concluíram os estudos na […]

UPF encerra hoje as inscrições do Vestibular de Verão 2018

13:55 A Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grade do Sul, termina nesta segunda-feira (13) o prazo de inscrições do […]

Associação Budista SGI Clama Pela Abolição Nuclear Como Imperativo Moral Em Conferência No Vaticano

06:03 TÓQUIO, 13 de novembro de 2017 /PRNewswire/ -- Hiromasa Ikeda, vice-presidente da associação budista Soka Gakkai Internacional (SGI) juntou-se a outros […]

11 de novembro

UFRR divulga locais de provas do Vestibular e PSS 2018

15:26 A Universidade Federal de Roraima (UFRR) divulgou ontem (10) os locais de provas do Vestibular e do Processo Seletivo Seriado […]

Inscrições para o Prêmio INEP de Jornalismo 2017 encerram segunda-feira

14:45 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) encerra na próxima segunda-feira (13) as inscrições para o Prêmio INEP de Jornalismo. A […]

UFPE recebe inscrições para seu Vestibular de Música 2018 até amanhã

14:35 A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encerra amanhã (12) as inscrições para o Vestibular de Música 2018. Os interessados podem se candidatar na […]

Segundo dia de prova do ENEM 2017 acontece amanhã; horário de acesso ao local será o mesmo

14:16 O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2017 realiza neste domingo (12) o segundo e último dia de provas. Serão aplicadas […]

10 de novembro

UEPG divulga locais de provas do Vestibular de Verão 2017

13:37 A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, publicou os locais de provas do Vestibular de Verão 2017. Confira o […]

UEM divulga ensalamento do Vestibular de Verão 2017

13:15 A Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, divulgou o ensalamento do Vestibular de Verão 2017. Os candidatos devem acessar o […]

UFSC apresenta hoje o espetáculo sobre a vida de Albert Einstein; entrada é aberta ao público e gratuita

10:56 O Grupo Pesquisa Teatro Novo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresenta nesta sexta-feira (10), o Espetáculo Luz em Einstein. […]

Unioeste divulga locais de provas do Vestibular 2018

10:00 Os candidatos do Vestibular 2018 da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) já podem conferir os locais de provas na página do […]

09 de novembro

UEFS encerra amanhã as inscrições do PROSEL 2018/1

16:12 A Universidade Estadual de Feira Santana (UEFS), na Bahia, encerra sexta-feira (10) as inscrições do Processo Seletivo para Acesso ao Ensino Superior […]

INEP divulga locais de provas do ENCCEJA 2017

15:47 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) divulgou ontem (8) os locais de provas do Exame Nacional para Certificação de […]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O curso de fotografia da Fundação Bradesco é perfeito para fotógrafos iniciantes e que possuem pouca experiência sobre a áreas. Ele tem uma carga horária de 27 horas aula, Ele fornece dicas eficazes para fotografar melhor e mostra elementos importantes para compor boas fotos.

Link: https://www.ev.org.br/Paginas/Home.aspx


Lutas Sociais e Direitos
Lutas Sociais e Direitos

Abolição da Escravatura no Brasil

 

     
 
  ircle  
 
Home  Abolição da Escravatura no Brasil  Voltar

Abolição da Escravatura no Brasil

Movimento social e político ocorrido entre 1870 e 1888, que defendia o fim da escravidão no Brasil.

Termina com a promulgação da Lei Áurea, que extingue o regime escravista originário da colonização do Brasil. A escravidão havia começado a declinar com o fim do tráfico de escravos em 1850.

 

Progressivamente, imigrantes europeus assalariados substituem os escravos no mercado de trabalho.

Mas é só a partir da Guerra do Paraguai (1865-1870) que o movimento abolicionista ganha impulso.

Milhares de ex-escravos que retornam da guerra vitoriosos, muitos até condecorados, se recusam a voltar à condição anterior e sofrem a pressão dos antigos donos. O problema social torna-se uma questão política para a elite dirigente do Segundo Reinado.

Lei do Ventre Livre

O Partido Liberal, de oposição, compromete-se publicamente com a causa, mas é o gabinete do visconde do Rio Branco, do Partido Conservador, que promulga a primeira lei abolicionista, a Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871. De poucos efeitos práticos, ela dá liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir dessa data, mas os mantém sob a tutela de seus senhores até atingirem a idade de 21 anos. Em defesa da lei, o visconde do Rio Branco apresenta a escravidão como uma "instituição injuriosa", que prejudica, sobretudo, a imagem externa do país.

Campanha abolicionista

Em 1880, políticos e intelectuais importantes, como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, criam, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, que estimula a formação de dezenas de agremiações semelhantes pelo país. Da mesma forma, o jornal O Abolicionista e o manifesto

O Abolicionismo, de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Ângelo Agostini, servem de modelo a outras publicações antiescravistas. Advogados, artistas, intelectuais, jornalistas e parlamentares engajam-se no movimento e arrecadam fundos para pagamento de cartas de alforria, documento que concedia liberdade ao escravo. O país é tomado pela causa abolicionista. Em 1884, o Ceará antecipa-se e decreta o fim da escravidão em seu território.

Lei dos Sexagenários

A decisão cearense aumenta a pressão da opinião pública sobre as autoridades federais. Em 1885, o governo cede mais um pouco e promulga a Lei Saraiva-Cotegipe. Conhecida como Lei dos Sexagenários, ela liberta os escravos com mais de 60 anos, mediante compensações a seus proprietários. A lei não apresenta resultados significativos, já que poucos cativos atingem essa idade e os que sobrevivem não têm de onde tirar o sustento sozinhos.

Os escravizados, que sempre resistiram ao cativeiro, passam a participar ativamente do movimento, fugindo das fazendas e buscando a liberdade nas cidades.

No interior de São Paulo, liderados pelo mulato Antônio Bento e seus caifazes (nome tirado de uma personalidade bíblica, o sumo-sacerdote judeu Caifaz), milhares deles escapam das fazendas e instalam-se no Quilombo do Jabaquara, em Santos.

A esta altura, a campanha abolicionista mistura-se à republicana e ganha um reforço importante: o Exército. Descontentes com o Império, os militares pedem publicamente para não mais ser utilizados na captura dos fugitivos. Do exterior, sobretudo da Europa, chegam apelos e manifestos favoráveis ao fim da escravidão.

Lei Áurea

 

Em 13 de maio de 1888, o governo imperial rende-se às pressões, e a princesa Isabel assina a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil.

A decisão desagrada aos fazendeiros, que exigem indenizações pela perda de seus "bens". Como não as conseguem, aderem ao movimento republicano como forma de pressão.

Ao abandonar o regime escravista e os proprietários de escravos, o Império perde a última coluna de sustentação política.

O fim da escravatura, porém, não melhora a condição social e econômica dos ex-escravos. Sem formação escolar nem profissão definida, para a maioria deles a simples emancipação jurídica não muda sua condição subalterna, muito menos ajuda a promover sua cidadania ou ascensão social.

Fonte: br.geocities.com

Abolição da Escravatura no Brasil

A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1988. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses.

A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

Na verdade, os escravos já estavam mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.

Escravos fugidos ou raptados de senzalas eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694.

Um ano depois, Zumbi, traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.

Mas o começo da liberdade ainda demoraria para acontecer

Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5 anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra deles.

Só então é que veio a Lei Áurea. Mas mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver, porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial. Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.

É compromisso de todo mundo lutar por um mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Todos os seres humanos merecem respeito carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não importa se ele é branco, negro ou oriental.

A Abolicão da Escravidão no Brasil

Leis Abolicionistas

1815 - Tratado anglo-português, na qual Portugal concorda em restringir o tráfico ao sul do Equador;

1826 - Brasil compromete em acabar com o tráfico dentro de 3 anos

1831 - Tentativa de proibição do tráfico no Brasil, sob pressão da Inglaterra.

1838 - abolição da escravidão nas colônias inglesas

1843 - os ingleses são proibidos de comprar e vender escravos em qualquer parte do mundo

1845 - A Inglaterra aprova o Bill Abeerden, que da a Inglaterra o poder de apreender os navios negreiros com destino ao Brasil

1850 - É aprovada sob pressão inglesa a lei Eusébio de Queirós, que proíbe o tráfico negreiro no Brasil

1865 - A escravidão é abolida nos Estados Unidos (13a. emenda Constitucional)

1869 - Manifesto Liberal propõe a emancipação gradual dos escravos no Brasil

1871 - Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco

1885 - Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe

1888 - Lei Áurea.

A escravidão era uma instituição "onipresente: havia escravos em todos os municípios do Império e era no trabalho deles que se assentavam todas as atividades produtivas (...) a posse deles era vital para a manutenção do status social.

A relutância em abolir não decorria somente do seu valor econômico, mas encontrava-se profundamente enraizada na cultura e nos valores das classes dominantes como um todo".

A escravidão continuava a ser a principal forma de trabalho no Brasil durante o século XIX, tanto nas áreas agro-exportadoras como naquelas dedicadas à cultura de subsistência. Esse apego à escravidão devia-se ao fato de que os escravos eram os únicos que trabalhavam quer nas cidades quer no campo.

O fim da escravidão no Brasil foi um processo lento e gradual ocupando praticamente todo o Século XIX. Após a independência em 1822, a Inglaterra pressionou o governo brasileiro que compromete-se a acabar com o tráfico em 3 anos. Em 1850 o país cedeu a pressão inglesa e proibiu o tráfico.

A Inglaterra admitia o escravismo em suas colônias produtoras de gêneros de consumo. Não podia contudo, aceitar o monopólio dessas regiões sobre o mercado metropolitano de açúcar, na medida em que assegurava mercado estável e preços elevados a essas colônias, além de obrigar os indusriais a pagar maiores salários aos trabalhadores.

Os gêneros agrícolas de outras regiões não podiam ser comercializados livremente no reino britânico e, com isso, os industriais não conseguiam vender seus produtos a essas regiões que só podiam pagar em gêneros agrícolas. finalmente, deve-se considerar que a Inglaterra não se beneficiava das constantes baixas da cotação do açúcar em diversas regiões do mundo, pois, conforme leis aprovadas por seus plantadores desde 1739, não podia adquirir açúcar proveniente de outras partes do mundo.

Dessa maneira, a extinção do tráfico de escravos, apoiada pelos industriais ingleses, não representava qualquer atitude filantrópica, mas um meio de enfraquecer as regiões colônias e anular as leis que davam a essas áreas o monopólio do comércio de gêneros agrícolas.

Somente em 1833, após uma série de reformas eleitorais, é que os industriais conseguiram abolir o escravismo em todo Império inglês. (...) Em 1843, foram revogadas as leis que reservavam os mercados ingleses para os agricultores ingleses. O livre-câmbio que, no caso britânico, atendia aos industriais, triunfava.

Adaptado de: Controvérsias na História do Brasil, MEC, Secretária de Ensino de 1o. e 2o. Graus.

O fim do tráfico condenava a escravidão ao fim, pois, devido as difíceis condições de vida e de trabalho, os castigos e a alta taxa de mortalidade impediam sua reprodução interna dos escravos.

Os acontecimentos internacionais de 1860, com a libertação dos escravos no Império português, francês e dinamarquês e principalmente o fim da escravidão nos EUA, deixavam a Monarquia em situação desconfortável. Em 1866, a sociedade abolicionista de Paris pediu ao Imperador D.Pedro II que acabasse com a escravidão. Para o monarca a medida era problemática já que a sustentação do regime dependia dos senhores de escravos.

A abolição era defendida pelos que viam nessa instituição as razões do atraso do país. Abolicionistas como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, José do Patrocínio, André Rebouças, Luís Gama e Antônio Bento defendiam o fim do cativeiro e a reforma agrária para o país.

Joaquim Nabuco, na campanha abolicionista afirmava entre outras coisas que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".

A historiadora Emilia Viotti da Costa diz que as transformações sociais e econômicas pelas quais passou o país no decorrer do século XIX muito contribuíram para o abolicionismo. "De maneira geral, afirma a historiadora, foram os elementos urbanos e as categorias não comprometidas diretamente com o sistema que participaram ativamente do movimento abolicionista quando esse tomou força, o que coincidiu aliás com o processo de urbanização incipiente, mas característico dos últimos anos do Império. (...) Nas cidades, a propaganda ganhava forças. Desfilavam nas ruas da Capital e outros centros da Província, grupos de pessoas levando cartazes que representavam castigos infligidos aos escravos, fazendo coletas em prol da campanha e chegando mesmo a incitar os escravos à violência e à rebelião

A Campanha Abolicionista contribuiu para desacreditar o sistema escravista. As leis emancipadoras aprovadas pelo Parlamento tiveram um resultado psicológico importante pois condenaram a escravidão a desaparecer gradualmente. Isso forçou os proprietários de escravos a pensarem em soluções alternativas para o problema de mão-de-obra. Mas foi apenas quando os escravos decidiram abandonar as fazendas em número cada vez maior desorganizando o trabalho, que os fazendeiros se viram obrigados a aceitar como inevitável, a Abolição. Igualmente importante foi a adesão dos militares à causa abolicionista."

Após a escravidão continua a historiadora Emília Viotti "muitos abandonaram as fazendas onde viviam, empregando-se em outras. Outros abandonaram o campo pela cidade, onde a maioria continuou a viver em condições miseráveis."

O fim da escravidão em 13 de Maio de 1888 é analisado dessa maneira por Alfredo Bosi " O Treze de Maio não é uma data apenas entre outras, número neutro, notação cronológica. É o momento crucial de um processo que avança em duas direções.

Para fora: o homem negro é expulso de um Brasil moderno, cosmético, europeizado.

Para dentro: o mesmo homem negro tangido para os porões do capitalismo nacional, sórdido, brutesco. O senhor liberta-se do escravo e traz ao seu domínio o assalariado, migrante ou não.

Não se decretava oficialmente o exílio do ex-cativo, mas passaria a vivê-lo como estigma na cor da sua pele" "Entre as conseqüências dos séculos de escravidão no Brasil desenvolveu-se um quadro de exclusão dos negros. No Brasil um branco recebe mensalmente, em média o dobro do negro. "Para alguns - sociólogos, historiadores - um país agrário, com poder concentrado na aristocracia branca, ajuda a explicar em parte o porquê do racismo. Imigrantes, mestiços ou negros chegavam ao país para trabalhar em funções de baixa remuneração"

Na luta contra a escravidão, algumas pessoas se destacam por sua dedicação à causa.

Vamos conhecer alguns destes homens que ficaram conhecidos como abolicionistas?

Joaquim Nabuco

Nascido no Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, Joaquim Nabuco desde cedo conviveu com a dura realidade dos escravos. Na infância, o menino de família aristocrata se alfabetizara junto com os filhos dos escravos numa escolinha construída pela madrinha.

Estudou Direito em São Paulo e Recife, escreveu poemas, era um patriota. Foi colega de Castro Alves e de Rui Barbosa.

O tema da escravidão estava presente em sua obra literária desde seu primeiro trabalho, nunca publicado, chamado "A escravidão". Porém, teve sucesso quando, em 1883, publicou "O Abolicionismo", durante período em que esteve em Londres.

Quando retornou ao Brasil, seguiu carreira política. Foi um grande parlamentar, um excelente orador. Fez uso de seu reconhecido talento público para lutar pela causa abolicionista, junto com José do Patrocínio, Joaquim Serra e André Rebouças.

É interessante observar que Nabuco era a favor da monarquia e ainda assim serviu fielmente à República como diplomata em Londres e Washington, após o fim do Império.

Joaquim Nabuco afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".

Morreu em Washington, no ano de 1910.

Rui Barbosa

Rui Barbosa nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Incansável, exerceu as mais variadas atividades profissionais. Foi advogado, jurista, jornalista, ensaísta, orador, diplomata, deputado, senador, ministro e candidato a Presidente da República duas vezes.

Sua participação na luta contra a escravidão foi uma das manifestações de seu amor ao princípio da liberdade – todo tipo de liberdade.

Assim como Joaquim Nabuco, estudou Direito em Recife e em São Paulo, mas foi no Rio de Janeiro que Rui Barbosa abraçou a causa da abolição. Contudo, a defesa da liberdade também levou-o a ser exilado, em 1893, quando discordara do golpe que levou Floriano Peixoto ao poder e, por isto, pedira a libertação de presos políticos daquele governo ditatorial.

Destaca-se em sua biografia sua passagem como presidente da Academia Brasileira de Letras, substituindo Machado de Assis, e o grande prestígio de ser eleito Juiz da Corte Internacional de Haia. Morreu em 1923.

José do Patrocínio

Natural de Campos, no Rio de Janeiro, José do Patrocínio nasceu em 8 de outubro de 1854. Era filho de pai branco, padre, e mãe negra, escrava. Freqüentou a Faculdade de Medicina e se formou aos 20 anos de idade, mas sua principal atuação foi como jornalista. Começou na Gazeta de Notícias, em 1875, e quatro anos depois juntou-se a Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Teodoro Sampaio, entre outros, na campanha pela abolição do regime escravocrata. Em 1881, tornou-se proprietário de um jornal, a Gazeta da Tarde, e fundou a Confederação Abolicionista, para a qual elaborou um manifesto junto com André Rebouças e Aristides Lobo.

Assim como Rui Barbosa, foi contra o governo de Floriano Peixoto, o que o obrigou a ser desterrado e tirou de circulação seu jornal, o Cidade do Rio, fundado em 1887. Com isto, afastou-se da vida política e terminou por falecer no Rio de Janeiro, em 30 de janeiro de 1905.

André Rebouças

André Rebouças, nascido em 1838, era filho de escravos. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e se formou em Engenharia na Europa. Foi professor da Escola Politécnica, e durante toda sua vida preocupou-se com a realidade brasileira. O problema dos escravos, naturalmente, não lhe passou despercebido.

Escreveu, junto com José do Patrocínio e Aristides Lobo, o manifesto da Confederação Abolicionista de 1883; foi co-fundador da Sociedade Brasileira Anti-Escravidão e contribuiu financeiramente para a causa abolicionista.

Apoiou a reforma agrária no Brasil e foi também inventor. Exilou-se voluntariamente na Ilha da Madeira, na África, em solidariedade a D.Pedro II e sua família, e lá morreu em absoluta pobreza.

Luís Gama

Tal como José do Patrocínio, Luís Gama foi filho de uma miscigenação de cores. Seu pai era branco, de rica família da Bahia, e sua mãe era uma africana rebelde. Contudo, um episódio trágico faria com que se afastasse da mãe, exilada por motivos políticos, e fosse vendido como escravo pelo próprio pai, vendo-se à beira da falência.

Assim, viveu na própria pele o cotidiano de um escravo. Foi para o Rio e depois São Paulo. Aprendeu a ler com ajuda de um estudante, no lugar onde trabalhava como servente, mas logo fugiu – pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre.

Daí trabalhou na milícia, em jornais, escrevendo poesia e como advogado, até conhecer Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco, com quem se uniria para lutar pelo fim da escravidão.

Fez do exercício da advocacia uma oportunidade para defender e libertar escravos ilegais.

Antônio Bento

Antônio Bento era um abolicionista de família rica de São Paulo. Foi advogado, Promotor Público e depois Juiz de Direito. Seus métodos não-ortodoxos, intransigentes e revolucionários para libertação dos negros o tornaram famoso. Promovia, juntamente com os membros da Ordem dos Caifazes (considerada subversiva na época), proteção a escravos que fugiam e incentivava a evasão dos negros das grandes fazendas.

Os historiadores narram que, para Antônio Bento, a escravidão era uma mancha na história do Brasil. Cristão fervoroso, há um registro de um episódio em que um negro, que havia sido torturado, teria sido levado por Antônio Bento a uma procissão. O efeito causado, além de mostrar as agruras da escravidão, foi de uma inevitável comparação do martírio do negro ao martírio de Cristo.

Editoração do Portal São Francisco

Fonte: www.escolavesper.com.br

 

ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL: UMA LUTA DE TODOS OS DIAS

Reprodução

  Pelo Princípio da Igualdade, todos somos iguais perante a lei

 Embora no Brasil, todos insistam em afirmar que o racismo é inexistente, segundo especialistas, sofremos da pior forma de preconceito, aquele que de tão arraigado na cultura, passa como se não existisse, ou como coisa natural.

Casados há pouco menos de dois anos, a fisioterapeuta Fernanda Siqueira e o professor de história Daniel Pandino, ela negra e ele branco sabem bem o quão afiada e sutil pode ser a lâmina que tenta dividir a sociedade entre negros e brancos.

“Certa vez, estávamos num restaurante e na mesa ao lado tinha duas senhoras. Quando Daniel levantou para pagar a conta, uma comentou com a outra o fato de um menino tão branco ser casado com uma negra. Senti raiva, indignação e pena de que ainda existam pessoas assim. Eu ouvi, e vi como me olhavam. Na verdade elas pareciam nunca ter visto uma negra com um branco. O motivo delas falarem alguma coisa, foi por terem me visto com Daniel, que ficou perplexo e disse que tivesse ouvido, nem sabia o que falaria,” Disse a fisioterapeuta.


Daniel, que é professor de história, mesmo não sendo negro sente na pele o preconceito das pessoas com a diferença racial.

“Uma vez um homem chegou falando mal dos negros com ele, dizendo que negro é burro e que quem casa com negro tem um monte de gente preta em casa. O Daniel ficou quieto, olhando para ele falando, até que se irritou e perguntou o que tem ter um monte de negro em casa. O homem respondeu dizendo que a pessoa teria a casa cheia de gente preta e burra. O Daniel respondeu dizendo que sua esposa era negra e tem duas faculdades e que os cunhados são negros e são advogados e procuradores. O homem ficou pasmo, quieto e não falou mais nada.” Contou Fernanda.

No dia 21 de março, os países que compões a Organização das Nações Unidas (ONU) celebram Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data remonta ao ano de 1960, quando na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestaram contra leis que os obrigavam a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

Segundo o professor (licenciado) da Faculdade de Filosofia de Campos e membro da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Dr. Jorge Assis, desde 1970 o Brasil é signatário da Convenção Internacional pela Eliminação de todas as formas de discriminação Racial, o que fez obrigatório que o país preparasse uma série de medidas administrativas, legais e judiciais a fim de combater toda forma de discriminação.

“Por pactuar a Convenção o Brasil teve que adotar medidas para que grupos vulneráveis possam fluir de todos os direitos inerentes à pessoa humana, elaborando e executando ações afirmativas, que são um conjunto de medidas públicas e preventivas com o objetivo de corrigir distorções das desigualdades de raça, etnia, cor, origem nacional ou étnica, dentre elas a lei de cotas.” Explicou o jurista.

De acordo com o Dr. Jorge, foi também por conta da convenção que a Constituição Federal adotou em 1998 o Princípio da Igualdade que diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Foi também pela convenção que foi instituída a Lei Caó, Lei 7716, que classifica o racismo e o impedimento de acesso a serviços diversos por motivo de raça, cor, sexo, ou estado civil como crime inafiançável e imprescritível, podendo o infrator ser julgado a qualquer momento.

Além disso, o Código Penal, no seu art.140, diz que injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, pode acarretar em pena de detenção, de um a seis meses, ou multa. O que em seu artigo terceiro tipifica a utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

De acordo com o jurista mesmo com um sistema de regras tão amplo, o Brasil sofre de racismo institucionalizado, estando as pessoas negras sub-representadas no legislativo, executivo, judiciário, além do setor privado e das mídias falada, escrita e televisada.
Além disso, segundo ele, a maioria das pessoas violentadas pelo racismo tem baixa escolaridade e muitas vezes, por má vontade ou falta de provas, as autoridades tendem a minimizar ações racistas.

“Precisamos de um órgão especializado para recepcionar as vítimas e processar os casos, orientando e encaminhando cada caso. A Comissão de Igualdade Social da OAB-RJ está de portas abertas para atender. Acreditamos que podemos fazer do Brasil uma nação livre, igualitária e fraterna, e que a constituição não seja apenas um mero papel, mas um instrumento de um país democrático, fraterno e solidário.” Finalizou o jurista.

 REFERÊNCIA: ELIMINAÇÃO da Discriminação Racial: Uma luta de todos os dias. Disponível em: http://www.ururau.com.br/cidades13674#Eliminação da Discriminação Racial: Uma luta de todos os dias. Acesso em: 23 Mar. 2012.                                                                                                                                                              

 

ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL: UMA LUTA DE TODOS OS DIAS

Reprodução

  Pelo Princípio da Igualdade, todos somos iguais perante a lei

 Embora no Brasil, todos insistam em afirmar que o racismo é inexistente, segundo especialistas, sofremos da pior forma de preconceito, aquele que de tão arraigado na cultura, passa como se não existisse, ou como coisa natural.

Casados há pouco menos de dois anos, a fisioterapeuta Fernanda Siqueira e o professor de história Daniel Pandino, ela negra e ele branco sabem bem o quão afiada e sutil pode ser a lâmina que tenta dividir a sociedade entre negros e brancos.

“Certa vez, estávamos num restaurante e na mesa ao lado tinha duas senhoras. Quando Daniel levantou para pagar a conta, uma comentou com a outra o fato de um menino tão branco ser casado com uma negra. Senti raiva, indignação e pena de que ainda existam pessoas assim. Eu ouvi, e vi como me olhavam. Na verdade elas pareciam nunca ter visto uma negra com um branco. O motivo delas falarem alguma coisa, foi por terem me visto com Daniel, que ficou perplexo e disse que tivesse ouvido, nem sabia o que falaria,” Disse a fisioterapeuta.


Daniel, que é professor de história, mesmo não sendo negro sente na pele o preconceito das pessoas com a diferença racial.

“Uma vez um homem chegou falando mal dos negros com ele, dizendo que negro é burro e que quem casa com negro tem um monte de gente preta em casa. O Daniel ficou quieto, olhando para ele falando, até que se irritou e perguntou o que tem ter um monte de negro em casa. O homem respondeu dizendo que a pessoa teria a casa cheia de gente preta e burra. O Daniel respondeu dizendo que sua esposa era negra e tem duas faculdades e que os cunhados são negros e são advogados e procuradores. O homem ficou pasmo, quieto e não falou mais nada.” Contou Fernanda.

No dia 21 de março, os países que compões a Organização das Nações Unidas (ONU) celebram Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data remonta ao ano de 1960, quando na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestaram contra leis que os obrigavam a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

Segundo o professor (licenciado) da Faculdade de Filosofia de Campos e membro da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Dr. Jorge Assis, desde 1970 o Brasil é signatário da Convenção Internacional pela Eliminação de todas as formas de discriminação Racial, o que fez obrigatório que o país preparasse uma série de medidas administrativas, legais e judiciais a fim de combater toda forma de discriminação.

“Por pactuar a Convenção o Brasil teve que adotar medidas para que grupos vulneráveis possam fluir de todos os direitos inerentes à pessoa humana, elaborando e executando ações afirmativas, que são um conjunto de medidas públicas e preventivas com o objetivo de corrigir distorções das desigualdades de raça, etnia, cor, origem nacional ou étnica, dentre elas a lei de cotas.” Explicou o jurista.

De acordo com o Dr. Jorge, foi também por conta da convenção que a Constituição Federal adotou em 1998 o Princípio da Igualdade que diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Foi também pela convenção que foi instituída a Lei Caó, Lei 7716, que classifica o racismo e o impedimento de acesso a serviços diversos por motivo de raça, cor, sexo, ou estado civil como crime inafiançável e imprescritível, podendo o infrator ser julgado a qualquer momento.

Além disso, o Código Penal, no seu art.140, diz que injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, pode acarretar em pena de detenção, de um a seis meses, ou multa. O que em seu artigo terceiro tipifica a utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

De acordo com o jurista mesmo com um sistema de regras tão amplo, o Brasil sofre de racismo institucionalizado, estando as pessoas negras sub-representadas no legislativo, executivo, judiciário, além do setor privado e das mídias falada, escrita e televisada.
Além disso, segundo ele, a maioria das pessoas violentadas pelo racismo tem baixa escolaridade e muitas vezes, por má vontade ou falta de provas, as autoridades tendem a minimizar ações racistas.

“Precisamos de um órgão especializado para recepcionar as vítimas e processar os casos, orientando e encaminhando cada caso. A Comissão de Igualdade Social da OAB-RJ está de portas abertas para atender. Acreditamos que podemos fazer do Brasil uma nação livre, igualitária e fraterna, e que a constituição não seja apenas um mero papel, mas um instrumento de um país democrático, fraterno e solidário.” Finalizou o jurista.

 REFERÊNCIA: ELIMINAÇÃO da Discriminação Racial: Uma luta de todos os dias. Disponível em: http://www.ururau.com.br/cidades13674#Eliminação da Discriminação Racial: Uma luta de todos os dias. Acesso em: 23 Mar. 2012.                                                                                      

 

Conforme solicitação envio importante atualização e desdobramento em AUDIÊNCIA PÚBLICA MISTA (Comissão de Segurança Pública da Alerj e Comissão de Direitos Humanos - ambas da ALERJ )  referente ao  Caso do assassinato  Advogada Isabel Cristina S. Machado (Membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RJ e Presidente da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da OAB de Cabo Frio - 20ª Subseção OAB). 

  ATUALIZAÇÃO CASO ISABEL
Acabei de confirmar com assessoria da Alerj do Deputado Janio Mendes (fone :Telefone: 2588 1274) que haverá, conforme pleiteamos,  AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CABO FRIO (Fórum de Cabo Frio - LOCAL:Tribunal de Júri - FÓRUM DE CABO FRIO- ENDEREÇO:  localizado na Rua Florisbela Rosa da Penha, s/nº, Braga- Ca
bo Frio) início 10 horas da manhã do dia 19 de março de 2012 - Audiência Pública organizada por duas Comissões da Alerj - Direitos Humanos e Segurança Pública sobre violência na Região dos Lagos que enfocará o assassinato da Advogada Membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RJ e Presidente da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da 20ª Subseção da OAB de Cabo Frio (Isabel Cristina dos Santos Machado) e de outros Advogados e pessoas ... com a presença de alguns deputados estaduais , inclusive já confirmado ZAQUEU TEIXEIRA (Presidente da Comissão de Segurança Pública da ALERJ), JANIO MENDES (Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ ) , FREIXO E OUTROS ... É O MOMENTO DE CONVOCAR OS PARCEIROS DO MOVIMENTO NEGRO , DE MULHERES e de outros movimentos organizados  PARA ESTAREM PRESENTES AO ATO (mais que simbólico)... E PEDIR PARA A OAB DIVULGAR ... ASSIM COMO O PRÓPRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RJ em seu site já que o evento
dar-se-á simbolicamente (como queríamos) no TRIBUNAL DE JÚRI de Cabo Frio... será convidado também a Dra. Martha Rocha e demais Autoridades da Segurança Pública do RJ. Obs.: O próprio Deputado Janio Mendes teve seu carro alvejado , quando saía de uma missa com esposa e filhos  no distrito de Unamar , Cabo Frio no último dia quatro  de  março de 2012 , menos de 1 mês da Execução da  Advogada Isabel  também em Cabo Frio atingido por tiro(s) o veículo assim como o carro do Padre Élcio Antônio dos Santos Silva também foi atingido no mesmo local. 
   ESTAREMOS NA AUDIÊNCIA PÚBLICA ... obrigado ... bom dia ... DIVULGUEM , POR OBSÉQUIO AONDE PUDEREM... Atenciosamente, Tito Mineiro - Advogado - Diretor do Sindicato dos Advogados do Estado do RJ e Membro da Comissão de Igualdade Racia
LUTAS SOCIAIS E DIREITOS

 A RESPEITO DO ASSASSINATO DA ADVOGADA DRA. ISABEL MACHADO

MEMBRO DA COMISSÃO DE IGUALDADE RACIAL DA OAB-RJ

 DISCURSO DO DEPUTADO JANIO MENDES (VICE PRESIDENTE COMISSÃO DIR. HUMANOS DA ALERJ) SOBRE AUDIÊNCIA PÚBLICA COM APOIO DE FREIXO- De: titodoutor@bol.com.br - Data: 9 de março de 2012 04:12

Para: "juridico_etnico@yahoogrupos.com.br" juridico_etnico@yahoogrupos.com.br

Cc: "juridicoetnico_@yahoogrupos.com.br" <juridicoetnico_@yahoogrupos.com.br>

Discurso - Janio Mendes (CASO ISABEL... ADVOGADA MEMBRO DA CIR - OAB /RJ ) 

Sessão: Ordinária

 Responsável: Dep. Taquigrafia Data de Criação: 28/02/2012

__________________________________________________________Data da Sessão: 28/02/2012 Hora: 16:00

 TEXTO DO DISCURSO

 O SR. JANIO MENDES – Sr. Presidente Deputado Alessandro Calazans, Sras. e Srs. Deputados, na última quinta-feira aqui eu já me pronunciara a respeito do assassinato da advogada Dra. Isabel Machado, na cidade de Cabo Frio. Eu fazia aqui uma ponderação, e a renovo, ao Deputado Marcelo Freixo a necessidade de levarmos a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania a uma audiência pública na cidade de Cabo Frio para que possamos dar uma resposta efetiva à sociedade cabofriense.   A Dra. Isabel foi a quinta advogada da cidade de Cabo Frio assassinada nos últimos dez anos. Ela era militante da 20ª Subseção da OAB onde presidia a Comissão de Promoção da Igualdade Racial. Foi assassinada em plena luz do dia, dentro de sua residência, invadida por dois homens que a executaram no sofá de sua sala, na presença do seu namorado.

 Eu dizia aqui da nossa aflição em ser mais esse crime um crime que entrará para as estatísticas policiais da nossa região, a exemplo dos assassinatos dos advogados anteriormente, em que não tivemos a prisão, identificação e punição dos responsáveis.

 Manifestava também a minha preocupação pelo fato de a delegacia local não ter instrumentos para permitir uma investigação policial. Afirmava que, naquela oportunidade, a polícia não conseguia proceder às investigações por não ter o profissional para fazer o retrato falado dos assassinos, e que isso só iria acontecer na sexta-feira seguinte

 Vejam os senhores o que aconteceu: a testemunha foi trazida ao Rio de Janeiro para ser feito o retrato falado e aqui na sede da Polícia Civil simplesmente disse que não lembrava de nada, que não poderia, portanto, contribuir com a investigação policial fazendo o retrato falado dos assassinos que, em plena luz do dia sem máscaras ou capuz, invadiram a residência da Dra. Maria Isabel e a executaram na presença do seu namorado.

 Hoje os jornais da cidade Folha dos Lagos traz um relato em entrevista do delegado responsável pelo caso, Dr. Sérgio Lourenço. Na quinta-feira falei com a secretária da Chefe de Polícia Civil Dra. Marta Rocha, solicitando empenho e dedicação, pedindo o deslocamento de uma equipe da Delegacia de Homicídios para realizar a investigação, identificação e prisão dos responsáveis por este crime bárbaro, que chocou a cidade de Cabo Frio no último Carnaval.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho dito seguidas vezes aqui das deficiências da nossa delegacia de polícia. Somos a cidade polo da Região dos Lagos, uma cidade com 200 mil habitantes e que, na alta temporada, sofre com uma superpopulação. Somos uma das únicas cidades do Estado do Rio de Janeiro que ainda não aderiu ao sistema Delegacia Legal. E fazemos polícia à moda antiga.

 Uma das razões da não elucidação desses e de tantos outros homicídios na Cidade de Cabo Frio e falo aqui de homicídios que mobilizam a sociedade, que mobilizam a Ordem dos Advogados do Brasil na sua 20ª Subseção. E não se consegue uma resposta efetiva, porque a maioria dos inquéritos policiais não sai do balcão. Se lá fosse feito o retrato falado dos assassinos da Dra. Maria Isabel Machado, esse retrato falado não sairia da recepção da Delegacia de Polícia porque nós estamos desconectados do Sistema.

 Qualquer informação policial da Delegacia de Cabo Frio morre no seu balcão: numa máquina Remington ou Olivetti à moda antiga em que ainda faltam teclas. Esse é o retrato da nossa delegacia. Felizmente tivemos a resposta do Dr. César Campos de que a licitação fora concluída e que estaremos por dar início à nova Delegacia de Cabo Frio, à obra da Delegacia Legal no prédio próprio da 126ª DP.

 Assim mesmo, digo a V.Exas. que esses crimes não podem permanecer impunes, nós não podemos aguardar a construção da Delegacia Legal para esclarecer os fatos registrados em Cabo Frio. Na nossa cidade, Deputado Marcelo Freixo, temos mães que nos procuram para registrar o desaparecimento de filhos que morrem e elas não conseguem sepultar porque são enterrados em cemitérios clandestinos pelo crime que rivaliza facções na periferia daquela cidade.

 O SR. MARCELO FREIXO – V.Exa. me concede um aparte?

 O SR. JANIO MENDES – Concedo o aparte ao Deputado Marcelo Freixo.

 O SR. MARCELO FREIXO – Deputado Janio Mendes, o relato de V. Exa. sobre a realidade da Segurança Pública de Cabo Frio é gravíssimo. V. Exa. já tinha feito isso na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e a partir daquele momento nós já aprovamos a realização de uma audiência pública, já está aprovada, no Município de Cabo Frio pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania. O ideal é que seja em conjunto com Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia. Então a data a ser marcada é aquela que for mais conveniente para V.Exa. Mas a comissão já tem isso aprovado e a hora que for marcada realizaremos essa audiência pública no próprio Município de Cabo Frio, o que é absolutamente justo e urgente.

 Fica, portanto, a critério de V.Exa. determinar a data para que os membros da comissão se encaminhem para que possamos fazer lá essa audiência pública tão necessária.

 O SR. JANIO MENDES – Muito obrigado, Deputado Marcelo Freixo. Nós vamos providenciar isso hoje ainda com o Deputado Zaqueu Teixeira, da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, e fazer esse contato com 20ª Subseção, com o seu presidente Dr. Eisenhower Dias Mariano, para que ele possa conduzir e direcionar as demandas, uma vez que todos os fatos que aqui narro são registrados na 20ª Subseção da OAB de Cabo Frio que desempenha um brilhante trabalho na proteção aos direitos humanos e na defesa das prerrogativas dos advogados em Cabo Frio e na região.

 Sr. Presidente, o nosso pronunciamento nesta tarde é este relato. O Delegado Sérgio Lourenzi em sua entrevista afirma que a Delegada Marta Rocha já fizera contato com a delegacia e pedira empenho e o acompanhamento mais próximo da chefia de Polícia Civil, da investigação do caso e identificação dos responsáveis. O que nós reforçamos neste apelo é que não podemos classificar como coisa de interior e como mais um crime nas estatísticas policiais a barbaridade do assassinato da advogada Dra. Isabel Machado na Cidade de Cabo Frio.

 
l da OAB/RJ .